Drama Comédia Animação Suspense Romance Curta-metragem Faroeste Fantasia Ação Aventura Musical Ficção Guerra Épico Crime Terror

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Sangue Negro (There will be blood) - 2007; ambição, brutalidade e decadência moral na busca pelo petróleo

Sangue Negro (There will be blood), lançado em 2007.
Um filme de Paul Thomas Anderson.
Um filme obscuro, ambientado no oeste norte-americano no fim do século XIX e início do XX. Sem dúvida um trabalho belíssimo: ótimo roteiro, bela trilha sonora e atuações inesquecíveis, em especial a de Daniel Day-Lewis. Um retrato das ambições humanas e da sua imperfeição.

Daniel Plainview (Day-Lewis) é um minerador de prata. Ele descobre petróleo e inicia uma pequena exploração. Um de seus ajudantes morre e ele adota o filho órfão, que é chamado de H.W, que passa a ser sua propaganda de pai de família respeitável. Anos mais tarde Daniel já tinha razoável fortuna. Numa pequena cidade da Califórnia ele encontra terras ricas em petróleo e um rival, o pastor evangélico Eli Sunday.

O filme mostra um embate entre religião e dinheiro: a pobreza de caráter de Plainview, cruel e antipático e as ambições pessoais do pastor, interessado em poder e influência. Tanto o dinheiro como a religião cegam-nos.
Temas como política, religião, capitalismo e família entremeiam a bela trama, onde não faltam mortes e sangue derramado por jogo de interesse. É assustador a personalidade fria do protagonista. Só é um tanto extenso, que pode tornar o filme um pouco cansativo, principalmente antes do clímax, mas é divertido e incontestavelmente bom.

#ficaadica

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Beleza Americana (American Beauty) - 1999; memorável, original, extasiante

Beleza Americana (American Beauty), lançado em 1999.
Um filme de Sam Mendes.
Não se deixe enganar pela capa acima, que pode estar a sugerir uma comédia-romântica, uma comédia ao estilo American Pie, ou algum melodrama de amor. 

Assistindo ao filme compreende-se a capa. Que posso já adiantar, antes mesmo do resumo, é que é um dos melhores que já assisti até agora, uma espécie de drama-sarcástico levemente cômico. É a estréia - e a obra prima, sem dúvida - de Sam Mendes.

É difícil dizer em poucas linhas os inúmeros pontos positivos do filme, mas já há de se destacar a trilha sonora, o roteiro impecável, a direção, os jogos de câmera e ângulos de visão, a trama original e maravilhosamente bem pensada: uma sátira abordando temas como sexualidade - e homossexualidade reprimida: a vida sexual ou pensamentos e desejos relacionados definem os personagens e suas ações; o materialismo, o pensamento incestuoso, o preconceito, a infelicidade conjugal, o amor, a beleza e a sensibilidade, as relações familiares, libertação pessoal, a assimilação na sociedade norte-americana, crises de personalidade e até afirmação da masculinidade.


Lester Burnham está envelhecendo, mas sua vida é infeliz e ele sabe disso. É casado com uma corretora ambiciosa e materialista que já não faz sexo e finge ter uma vida feliz. Jane, a filha do casal, não suporta os pais, que não lhe dão atenção, e tem problemas de auto-estima, agravados com a constante auto-afirmação da amiga Angela, que diz transar com toda a gente, e que toda a gente quer levá-la para cama. A família tem como vizinhos um casal gay e do outro lado uma mulher introvertida, um fuzileiro-naval que detesta gays e um filho usuário e traficante de drogas que passa o tempo livre filmando o seu redor, Ricky. 
Lester se apaixona por Angela e sua esposa passa a ter um caso com um bem-sucedido corretor. Para conseguir ficar com Angela, Lester passa a se exercitar e deixa o emprego, passando a trabalhar numa lanchonete e casualmente fumando maconha que compra de Ricky. Jane e Ricky namoram. E então tem-se uma série de eventos imprevisíveis e irônicos, confirmando a qualidade do filme; aberto a várias interpretações diferentes.

#ficaadica




A Rede Social (The Social Network) - 2010; a história da criação do Facebook

A Rede Social (The Social Network), lançado em 2010.
Um filme de David Fincher.
Do mesmo diretor de O curioso caso de Benjamin Button.

Mark Zuckerberg é um estudante de Harvard, um tremendo nerd. Uma noite, bêbado após levar um pé na bunda, ele invade o sistema da universidade, rouba fotos e informações e cria um site onde os homens votam na garota mais bonita da universidade, num sistema de comparação. É expulso por seis meses, mas chama a atenção de outros estudantes e é convidado para ajudar a criar uma rede social interna da universidade, o "Harvard Connection".
Ele faz uma sociedade com Eduardo Saverin para criar o "Thefacebook" e é financiado pelo amigo. Os estudantes do "Harvard Connection" acusam-os de plágio. Zuckerberg decidem expandir o Thefacebook para outras universidades. Mark conhece Sean Parker, co-fundador do Napster (site de download de músicas), Eduardo não gosta dele. A sugestão de Parker, o nome muda para Facebook
Eduardo tenta conseguir patrocinadores, mas após ver Parker  morando na mesma casa que Mark, ele congela a conta, ameaçando o Facebook, que já havia se expandido mais e feito com que os idealizadores do Harvard Connection processassem Zuckerberg. Após sofrer um golpe, Saverin também processa Zuckerberg.

Com uma narrativa rápida, ótimas performances, roteiro brilhante, trilha sonora interessante, o filme mostra o jogo de interesse, os segredos por trás dos panos na criação de uma empresa bilionária. Também retrata Zuckerberg como um homem ambicioso, sem escrúpulos ou ética, frio e manipulador.
Muito bom.

#ficaadica


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A Lista de Schindler (Schindler's List) - 1993; a obra prima dramática de Steven Spielberg e uma lição de vida

A lista de Schindler (Schindler's List), lançado em 1993.
Um filme de Steven Spielberg.
Aclamação de público e crítica como um dos dez melhores filmes da história, fizeram deste a obra prima do imortal Steven Spielberg. O filme foi filmado em preto e branco para dar um ar de documentário à película e para realçar a dor e a tristeza da guerra e do holocausto.

O filme protagonizado por Liam Neeson conta a história real de Oskar Schindler, um alemão católico que salvou a vida de mais de mil judeus condenados à morte em campos de concentração, ao contratá-los em sua fábrica.

Eclode a II Guerra Mundial, e inicia-se perseguição nazista de judeus poloneses. Oskar Schindler, membro do partido nazista, chega ao gueto com o objetivo de enrriquecer com a guerra, abrindo uma fábrica de panelas, com a colaboração administrativa de Itzhak Stern, um judeu local. Schindler agrada aos nazistas e fica rico, ele próprio se mostra um anti-semita, mas contrata judeus poloneses para trabalhar na fábrica, uma vez que os salários a pagar são bem menores que os de católicos.
Stern, em segredo, falsifica documentos fazendo com que os operários sejam considerados indispensáveis à guerra e evita que eles sejam mandados a campos de concentração.
Amon Göth, da SS, chega à Cracóvia e destrói um morro de judeus, matando vários deles. Schindler presencia a cena e fica tocado, mas tenta manter laços de amizade e confiança com Göth. 
Schindler suborna Göth para manter seus operários, e junto a Stern eles tentam salvar o máximo possível de judeus, mantendo-os trabalhando na fábrica. Göth recebe ordens para mandar todos para um campo, mas novamente Schindler gasta sua fortuna com subornos, impedindo a morte dos operários. A lista com nomes de trabalhadores especializados possui o nome dos judeus que serão transferidos a uma nova fábrica de Schindler, onde se produzirá munição. Seu dinheiro vai embora com subornos e com a compra de munição de outra fábrica, já que ele próprio só fingia produzir. Sua fortuna acaba junto com a guerra, e ele precisa fugir dos russos, por ter sido um ex-nazista.

É uma maravilha; um dos melhores filmes que já assisti, sem dúvida. Uma lição de humanidade e caráter, um retrato dos horrores da guerra e do Holocausto, uma aula de história, uma aula de como produzir um filme. A trilha sonora é linda.

#ficaadica

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Invictus (idem) - 2009; o poder do esporte na melhoria social

Invictus (Invictus), lançado em 2009.
Um filme de Clint Eastwood.

Dirigido por Clint Eastwood e protagonizado por Morgan Freeman e Matt Damon.

Nelson Mandela , ex-presidente sul-africano e Nobel da Paz, foi o primeiro presidente negro da Africa do Sul, tendo se eleito em 1994. Assim que subiu ao poder, Mandela oficializou o término do Apartheid, a segregação racial prevista em lei. Mas as tensões entre os grupos continuavam, e cada raça via a outra com desconfiança. Mas a África do Sul seria sede da copa do mundo de rugby em 1995, esporte considerado de brancos. Os negros torciam contra a própria seleção, por causa de o rugby ser um simbolo da segregação, só praticada pela elite branca. Mandela (Freeman) contata o líder da seleção, Françõis (Damnon) incubindo-o de ganhar os jogos, inspirando um sentimento nacionalista e unindo negros e brancos. Começados os jogos, e com a popularidade de um jogador negro na seleção, a Africa do Sul realmente passa a caminhar contra a segregação, até hoje existente.

É muito legal, e eu que não sabia o que era rugby, com o filme conheci um pouco mais sobre o esporte. E uma mensagem bela de persistência e igualdade entre povos.

#ficaadica

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Filadélfia (Philadelphia) - 1993; muito bom

Filadéfia (Philadelphia), lançado em 1993.
Um filme de Jonathan Demme.
Do mesmo diretor de O silêncio dos inocentes. Com Tom Hanks (que venceu o Oscar por esse belo trabalho), Denzel WashingtonJason Robards e Antonio Banderas.


Andrew (Hanks) é um competente advogado, contratado por uma grande firma de advocacia da Filadélfia. Ele esconde de todos que é gay e HIV positivo. Ele conquista a confiança dos patrões, cientes das qualidades do funcionário. Mas ele começa a emagrecer e ficar debilitado. Com a notícia da doença e de sua orientação sexual à tona, ele é demitido. Após vagar pela cidade tentando encontrar um advogado que o represente num processo, ele conhece um advogado negro homofóbico, Joe (Washington) que mesmo assim pega o caso. Eles acabam ficando amigos quando Joe percebe que Andrew não é uma aberração da natureza. Inicia-se uma batalha nos tribunais, acompanhada pela mídia e dividindo opiniões da sociedade.

Filadélfia desmitifica a imagem do homossexual como um anormal enquanto denuncia a homofobia e aborda o efeito da AIDS na saúde do ser humano e na sociedade preconceituosa. A discrinação contra doentes e homossexuais, e seu impacto social, são retratados sem exageros ou surrealismos nesta película.

Além da bela trilha sonora, que inclui um sucesso de Bruce Springsteen que venceu o Grammy e o Oscar de melhor canção original para cinema, confiram o video-clipe abaixo.

#ficaadica
Por favor, qualquer problema no vídeo (fora do "ar"; deletado), avise-nos nos comentários.

domingo, 26 de agosto de 2012

Cantando na chuva (Singin' in the rain) - 1952; o mais famoso dos musicais

Cantando na chuva (Singin' in the rain), lançado em 1952.
Um filme de Stanley Donen e Gene Kelly.
Acabei de assistir esse, e foi especialmente novo para mim. Jamais havia visto um musical antes.

Esse é um ótimo exemplo de meta-linguagem: um filme musical a falar de cinema e musicais.
A trama se passa em 1927, ano do primeiro filme falado. Com a ascensão da nova tecnologia, o cinema mudo viu-se ameaçado, e várias estrelas do cinema perderam o emprego por causa da tonalidade da voz.

Don é um astro do cinema mudo, ao lado da atriz Lina. Eles começam a produzir um novo filme mas precisam fazê-lo com som. Mas Lina, que é antipática e burra, não consegue usar o microfone, além de possuir uma voz irritante. O novo filme tem tudo para dar errado, até que o melhor amigo de Don e sua amada, Kathy, têm a ideia de transformá-lo num musical e salvar o estúdio. Mas para isso Kathy precisará dublar a voz de Lina cantando e falando, mesmo as duas se odiando e isso ameaçando a carreira de Kathy.

Com músicas alegres, e belas vozes dos atores, além de coreografias ousadas e acrobáticas, Cantando na chuva é muito divertido. Possui várias cenas cômicas, em especial de Cosmo Brown (Donald O'Connor), o melhor amigo de Don, que é muito talentoso e criativo.

#ficaadica

Assim caminha a humanidade (Giant) - 1956; "o mais contundente legado anti-intolerância racial jamais levado as telas"

Assim caminha a humanidade (Giant), lançado em 1956.
Um filme de George Stevens.
Trazendo lendas como Elizabeth Taylor, Rock Hudson e James Dean, esse filme retrata a sociedade machista e racista texana nos anos que antecedem e se sucedem à II Guerra.


Bick (Hudson) sai do Texas para comprar um premiado cavalo. Se apaixona pela filha do dono do cavalo, Leslie (Taylor) e os dois se casam. Vão morar em Reata, terra de Bick. Lá quem comanda é a irmã dele, que tem ciúmes de Leslie e é morta pelo novo cavalo. Reata tem grande quantidade de mexicanos trabalhando e vivendo em condições precárias, sendo todos discriminados pelos ricos. Bick e Leslie têm filhos, mas se divergem na hora de educá-los. As crianças crescem e desejam rumos diferentes dos esperados pelos pais. Jett (Dean) é inimigo de Bick, e enriqueceu com o petróleo encontrado em terras de ganhou da irmã de Bick. Ele nutre uma paixão por Leslie e passa a namorar com a filha dela. Jett é racista e se confronta com Bick, que com o passar dos anos e a influência da esposa e dos filhos, começou a entender que ele não era melhor que nenhum latino.

Em toda a trama é retratada a discriminação racial, machismo e xenofobia ao mesmo tempo que defende o fim destes. A narrativa se estende por vários anos e vemos os personagens envelhecerem e mudarem suas personalidades. A desigualdade, o latifúndio, a exploração do petróleo, tudo isso é visível na tela.

*a frase acima, no título do post, é o comentário da revista Time sobre o legado de Giant.

#ficaadica

sábado, 25 de agosto de 2012

Tomates Verdes Fritos (Fried Green Tomatoes) - 1991; a beleza de contar histórias que se viu, e que se ouviu contar

Tomates verdes frito (Fried Green Tomatoes), lançado em 1991.
Um filme de Jon Avnet.
Kathy Bates e Jessica Tandy, vejam o elenco...


Evelyn (Bates) é uma dona de casa frustrada que frequênta aulas para seduzir o marido e salvar seu casamento. Numa visita à tia de seu marido, ela conhece uma senhora muito feliz que adora conversar. Seu nome é Ninny Threadgoode (Tandy), que começa a contar a história de sua irmã Idgie Threadgoode (Mary Stuart Masterson) e de sua amiga Ruth Jamison. Então é mostrado a vida das duas: como Idgie amava o irmão que viu morrer atropelado, tornando-se rebelde; e a amizade que ela veio a ter com Ruth, que durou toda a vida cheia de dramas e cenas cômicas, a acusação de assassinato contra Idgie, os abusos do marido violento de Ruth, as reviravoltas da vida, as linhas tortas. A cada visita de Evelyn à Ninny a amizade entre elas cresce, a alto-estima de Evelyn aumenta e são reveladas novas partes de história e segredos.

É uma história muito bonita de amizade - e amor - entre duas mulheres. Um melodrama apresentando a beleza da vida e a importância da amizade na existência do ser humano. A questão do racismo é abordada de um modo leve porém direto. Tem ainda um ar de comédia, com varias cenas divertidas. E a trilha é legal.

#ficaadica

A Espinha do Diabo (El espinazo del diablo) - 2001; o verdadeiro horror é a guerra e a ambição

A Espinha do Diabo (El espinazo del diablo), lançado em 2001.
Um filme de Guillermo del Toro
Um terror à moda antiga, de alta qualidade estética e um roteiro muito bom. Do mesmo  diretor/roteirista de O Labirinto do Fauno.

Esse filme, apesar do gênero, que ele honra muito bem, não assusta - pelo menos não a mim.
No entanto ele tem uma dosagem boa de suspense e o enredo é muito bom, sobre fantasmas. Nada de psicopatas matando loiras ou padres tirando espíritos encarnados em humanos ou em porcos que se afogam. A trama gira em torno da ambição humana e dos dramas da guerra, precisamente da Civil Espanhola - aqui mostrados indiretamente. É desses pontos que vêm a desgraça que cai sobre os personagens.

Carlos perdeu o pai na guerra e foi enviado à um orfanato, onde vivem filhos de revolucionários. Lá começa a ouvir vozes e presenciar fatos estranhos. Ele acaba por ver um fantasma de um ex-aluno desaparecido, clamando por vingança. Carlos precisa descobrir a verdade. Mais-ou-menos paralelamente, o jovem amante da diretora do orfanato tenta em segredo roubar o ouro que ela guarda num cofre, e se mostra capaz de qualquer atrocidade para tal.



Achei muito bom, é um filme de terror que tem sentido, tem história; diferente do que tem-se produzido por aí.

#ficaadica

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Iris (idem) - 2001; o amor de uma vida e um retrato do Alzheimer

Iris (Iris), lançado em 2001.
Um filme de Richard Eyre.
Três exímias interpretações, a de Jim Boadbent, que rendeu-lhe um Oscar, a de Judi Dench e Kate Winslet, indicadas.

Iris retrata parte da vida de escritora Iris Murdoch, precisamente o fim de sua vida, quando começam a aparecer os primeiros sinais de Alzheimer, que veio a matá-la, e sua relação com o marido John Bayley. Mas um aspecto importante, é que todo o filme é recheado de flash-backs da juventude de ambos, mostrando o inicio de seu relacionamento, do amor que nunca se apagou. Muitas cenas se confundem nesse aspecto, está alí na tela um rosto velho que rejuvenesce; assim como uma cenas deja vú, mostrando o passado dela e que está a se repetir. Palavras da escritora são brilhantemente repetidas por Winslet e Dench, tornando o filme sentimentalista e convidando à um pensar sobre o amor e a vida.

Além do poético amor que dura toda a vida, o filme revela o amargo drama do Alzheimer no doente e em sua família e amigos. Uma boa escolha para quem quer saber mais sobre a doença no cotidiano da família.

É muito bonito o filme, e contém cenas lindas, como a primeira, que mostra pessoas nuas mergulhando num rio de águas turvas e azuis.

A trilha sonora é de James Horner, que parece nunca ter feito trabalho ruim.

#ficaadica

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A Rainha (The Queen) - 2006; não há nada mais frágil que uma reputação

A Rainha (The Queen), lançado em 2006..
Um filme de Stephen Frears.
Helen Mirren foi aplaudida durante cinco minutos na estréia no Festival de Veneza por esse magnífico trabalho, interpretando Elizabeth II.

O filme narra a história de Elizabeth II na semana em que a Princesa Diana morreu em Paris, vítima de um acidente de carro após ser perseguida por paparazzos. Diana havia se divorciado de Charles anos antes, e era muito mal-vista pela família real. Com a morte de Diana, milhões de pessoas em todo o mundo prestavam condolências enquanto a rainha preferia se manter isolada fora de Londres, e sem dar declarações. Enquanto a popularidade do primeiro-ministro subia, a rainha era acusada de insensibilidade e a monarquia passava a ser questionada.
The Queen nos mostra o quanto são delicadas as relações políticas e a popularidade de políticos, ora pode-se estar no topo e no dia seguinte uma manchete põe tudo a perder. Novamente elogios à Helen Mirren e ao músico responsável pela bela trilha sonora.

Fãs e simpatizantes da coroa britânica não podem perder essa "viagem" pela intimidade dos Windsor.

#ficaadica

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Em um mundo melhor (Hævnen) - 2010; indiscutivelmente primoroso

Em um mundo melhor (Hævnen), lançado em 2010.
Um filme de Susanne Bier.



Primeiro de tudo deve-se dizer que por mais que eu fale sobre o filme, só assistindo-o entende-se a qualidade do filme. E não se engane com a capa, isso não é um romance. O nome original, em tradução, é 'vingança', já o título brasileiro tem seu ar de ironia e de realidade.

O filme sueco-dinamarquês que ganhou o Oscar e o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro tem motivos para o feito.

A mãe de Cristian morre de cancêr e ele e o pai mudam-se para a Dinamarca. Lá ele conhece um garoto de sua idade, Elias, cujos pais estão se divorciando. Elias é constantemente agredido na escola por ser sueco e ter dentes tortos, mas um dia Cristian dá uma surra nos agressores. Os dois tornam-se amigos. O pai de Elias é médico, e viaja constantemente para o Sudão, num campo de refugiados onde ele salva vidas de mulheres cortadas por um guerrilheiro. Um dia o pai de Elias se envolve numa briga, mas não revida, sendo visto como covarde pelos filhos. Elias e Cristian, decidem explodir o carro do agressor.

Em um mundo melhor possui vários temas saltando da tela, entre eles vemos o bullyng, a xenofobia, a violência e a exaltação dela, a vingança, a morte, a decadência do caráter de certos homens, o papel da amizade e da família na formação da personalidade, o impacto da morte de um ente querido no ser humano que fica, a relação pais-filhos (em especial a do pai com o filho homem), a consequência de pais que brigam ou de figuras ausentes no amadurecimento de uma criança, a criminalidade infantil.


A trilha sonora gera certo suspense na trama, e os jogos de câmera revelam, muitas vezes, o estado psicológico dos personagens. Eu amei o filme.

#ficaadica